sexta-feira, 3 de julho de 2015

Sobre livros: Cidades de papel

 Sobre livros: CIDADES DE PAPEL

John Green

Editora Intrínseca, 366 pgs

Quem vai narrar o acontecido do princípio ao fim, com relatos, em fatos que presenciaram com detalhes e mistério é Quentim Jacobsen, mas conhecido como Q, como ele diz nas primeiras linhas ele poderia ter sido várias coisas ou outra pessoas, mas não, ele foi ser vizinho de Margo Roth Spiegelman, percebemos que ele nutre e mantém vivo dentro de si uma paixão platônica, por que em sua opinião é seu milagre.
Aos nove anos quando andavam de bicicleta pelas ruas do Jefferson park, um dia em que Q já tinha percebido algo estranho do ar, eles se deparam com um cara morto junto ao tronco do carvalho, Quentim ficou paralisado morrendo de medo imaginando ser um zumbi, mas Margo ficou curiosa se perguntando o que acharia que aconteceu com ele. Eles correrão com as bicicletas até suas casas e contaram a seus pais. Margo foi investigar e descobriu motivos os quais não a convenceu, então o motivo em que ela acredita é que “talvez todos os fios dentro dele tenham se arrebentado”  - Página 16.
Isso me levou a pensar que todos nós devemos manter os fios alinhados dentro de si é como ser ou estar orientado, em torno do seu eixo, sabendo exatamente onde o sol nasce e se põem,  porque se vierem a arrebentar as consequências serão repulsas. 
Como o tempo logo vemos que cada personagem seguiu seu rumo e suas personalidades diferentes, Margo é a famosinha, super popular que namora com o bonitão popular do colégio, e o Q tem seus dois melhores amigos, que classificamos como os nerds, não muito famosos, mas continua apaixonado por ela. Mesmo Q podendo enxergar a janela de Margo de seu quarto e de se cruzarem todos os dias no colégio ela tornou-se uma desconhecida para ele.
Exceto um dia, Margo aparecer na janela do seu quarto com a cara pintada de preto com moletom com capuz preto também, estilo ninja. Q não fazia ideia do porque dela estar em sua janela. Ela o convidou para uma aventura, que ele seria seu motorista com o carro de sua mãe, e claro que Q aceitou e eram onze problemas as quais ela resolveria, e ele pensou que aceitando essa aventura misteriosa as coisas se resolveriam entre eles. Nessa noite Q conhece outro lado de Margo, a que não é a super popular, um lado que só ele viu nela. Em uma das suas aventuras conseguimos “mais ou menos” captar a mensagem do título do livro que é quando Margo leva Q ao topo do prédio SunTrust, e lá ela fala: 

“Eis o que não é bonito em tudo isso: daqui não se vê a poeira ou a tinta rachando ou sei lá o quê, mas dá para ver o que este lugar é de verdade. Dá para ver o quanto é falso. Não é nem consistente o suficiente para ser feito de plástico. É uma cidade de papel,... todas aquelas pessoas de papel vivendo suas vidas em casa de papel” – Página 68. 

Para Margo a se ver de longe as coisas são mais bonitas e artificiais, mas de perto se encara a com realidade. Margo interpreta Orlando é uma cidade de papel, mais John Green explica em um vídeo que cidades de papel são cidades que não existem no mapa.
No dia seguinte começa os mistérios de Margo, ela não apareceu mais no colégio e nem no final do semestre, e também desapareceu de sua casa. Ela gostava tanto de mistérios que acabou por se torna um, na verdade ninguém sabia o que se passava na cabeça dela e nem o que ela sentia.  Porém Margo deixou varias dicas e rastros que só Q e seus amigos irão decifrar são momentos que passaram juntos que podemos dizer que serão "memoráveis" e "únicos" a eles e a todos do colégio. Então eles começam a busca por Margo. 
Ao longo dos capítulos é sobre o mesmo assunto, mas John Green não deixa ser repetitivo, cada capitulo é muito divertido e alguns me deixava com raiva e vontade do tipo “deixa que eu vou e faço”, me deixava muito curiosa e realmente não dava vontade de parar de ler principalmente quando eles começam a investigar.
Pra mim a mensagem desse livro é para “nós” pessoas, tentarmos olhar as outras como elas são, não criar imagem pela aparência, é saber que todos temos problemas, cotidianos e mistérios, sim quem não tem o seu mistério? Suas manias? Seus segredos? E quem não tem o seu milagre? E também aborda o relacionamento das famílias, a Margo foi criada “livre, leve e solta”, por isso Margo é meio que revoltada e cria várias fugas com pistas, as quais seus pais jamais decifraram. E Já Quentim tem uma família boa, foi bem educado e seus pais são psicólogos, o que ele mesmo diz que é centrado, que é o centro das atenções da sua casa, eles tem diariamente diálogos, seus pais se preocupam muito com a questão de Q se sentir melhor, e confiam muito nele. E na sociedade encontramos famílias muito diferentes, que não dá nem pra contar o modo como educam as crianças e como somos educados.

O final me surpreendeu eu não esperava claro" queremos aquele finalzinho clichê, mas neste livro e com esta proposta do tema, não é isso que acontece rs, não é tão emocionante mas é muito cativante e merece ser lido por todos. 

3 comentários:

  1. Eu admiro tanto as pessoas que gostam de ler esse estilo de livro, pq é tão dificil para mim, preciso de sangue pra ser feliz ahahaha

    Adorei seu blog, estou seguindo-a :D

    http://coruujando.blogspot.com.br ♥

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    1. Olá Lays, obrigado por gostar e comentar, seguindo seu blog tbm ♥ Você gosta de ler qualquer estilo? No momento estou saindo da minha zona de conforto e estou lendo uma biografia, mas sempre volto a ler romances, minha paixão!

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  2. Lindo é o seu blog flor! Já estou seguindo tbm! Bjs ♥

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